quinta-feira, 5 de julho de 2007

A Terceira e Melhor Idade



Qual será o título correto?
Não importa. O que importa é o respeito à "juventude antiga", como diz meu pai.
No abrigo São Vicente de Paula, em 1986, surgiram as Bem Aventuranças do Ancião, traduzidas de uma revista espanhola:
"1. Bem-aventurados aqueles que compreendem os meus passos vacilantes e o tremor das minhas mãos;
2. Bem-aventurados aqueles que percebem o esforçço de meus ouvidos para captar suas palavras;
3. Bem-aventurados aqueles que distinguem em meus olhos a lentas reações;
4. Bem-aventurados aqueles que fingem não ver o café que derramei na mesa;
5. Bem-aventurados aqueles que me alegram com seu sorriso e me deixam falar de coisas sem importância;
6. Bem-aventurados aqueles que nunca replicam: "Já contou isso tantas vezes!";
7. Bem-aventurados aqueles que sabem orientar a conversa para as coisas do passado;
8. Bem-aventurados aqueles que me fazem sentir afeto em vez de abandono;
9. Bem-aventurados aqueles que compreendem como me esforço para carregar a cruz com paciência;
10. Bem-aventurados aqueles que amenizam, com amabilidade e atenções, minha caminhada para o Céu."
O grupo deixou a reflexão...

O Petróleo é Nosso

O petróleo é muito mais do que pensava. Com a apresentação do grupo pude perceber o que envolve a questão do petróleo nacional, do petróleo no mundo, os por quês ocultos nos bastidores da política mundial, interesses envolvidos. Aprendi também sobre curiosidades geológicas que desconhecia, como as características da substância! Parabéns ao grupo.

Brasília



Ouvir sobre Brasília é viajar na minha história, desde a infância feliz nos gramados recém plantados. Brasília é linda e seu céu foi o berço para excelente apresentação do grupo, que conseguiu selecionar curiosidades e idiossincrasias que só quem é daqui conhece. Hoje Brasília está maltratada pelos pichadores da W3, pelo crescimento desmedido do entorno, pelos presentes problemas sociais. Cresceu em população, em número de carros transitando... e grita pela atenção daqueles que podem salvar sua memória, sua arquitetura, sua beleza. O grupo fez um resgate às coisas boas desta cidade. Viva Brasília! Parabéns ao grupo.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

"Ensinar exige respeito á autonomia do ser do educando". Assim trata Paulo Freire do tema que é o título de sua publicação - Pedagogia da Autonomia, cujo subtítulo, "Saberes necessários à prática educativa", reafirma a idéia de que é preciso ampliar nossa visão sobre o ato de educar e de ser educado.
Pensar em autonomia é validar o pensamento que diz que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção". Não é impor. O educador deve estimular a curiosidade do aluno, para que esse aluno busque superar os seus limites. A construção do saber é conjunta e o ser autônomo ganha liberdade para criar, pois tem a liberdade necessária para desenvolver sua capacidade crítica com a troca de experiências.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

GV GO na análise do filme


A técnica de dinâmica de grupo GV - GO, vivenciada em sala para a análise do Filme "O Sorriso de Monalisa", trouxe uma excelente oportunidade de nos conhecermos um pouco mais como colegas de turma a partir de nossos pontos de vista sobre o tema. Os mais tímidos falaram, os mais falantes se "seguraram", os observadores calaram num momento para se expressarem em outro, enfim, foi uma técnica muito bem escolhida para a proposta didática de análise de um conteúdo pré-determinado, permitindo ainda uma gama de análises pela professora e alunos. Esta técnica, onde um grupo verbaliza enquanto o outro observa por um tempo determinado e depois há uma inversão de papéis dando a chance de todos falarem, pode ser usada em outras situações, que não só sala de aula. Eu mesma já vivenciei um processo de seleção de pessoal, onde os coordenadores do processo fizeram uso desse recurso para avaliar liderança, desenvoltura, postura e perfil para o cargo oferecido. E ainda oportunizou o feed-back imediato aos candidatos. Na área de treinamento e capacitação organizacional, pode ser aplicada para integração de grupos e abordagem de temas pré-selecionados.Vejo o uso em sala de aula de técnicas didáticas diversificadas como uma excelente maneira de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico, mais agradável e prazeroso. Mas é preciso haver critério na escolha (objetivo, tempo, planejamento) e segurança na aplicação, para que o efeito não seja contrário ao que se deseja alcançar.

Educação na Rede

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Vocês viram a reportagem da IstoÉ desta semana ?
Trata do tema de nossas aulas. De como as escolas e universidades vem aprimorando o ensino com estratégias do tipo: cursos on-line, aparelhos hi-tech em sala de aula.
Em certa aula sobre Cenários um professor perguntou: Como você se imagina profissionalmente daqui a 10 anos?
Talvez precisemos fazer esse exercício para daqui a 5 anos, ou talvez para daqui a 2 anos, tamanha é a velocidade das mudanças e incrementos tecnológicos em nossas vidas.
E como docentes, iremos lidar com a exigência e curiosidade dos jovens e adultos de nossas salas de aula - ou extra sala, como diz a "teacher" Beth Rego.
Lousas eletrônicas, recursos de realidade virtual...seja para adultos ou crianças, cursos rápidos ou o mestrado internacional, a tecnologia é o apoio decisivo. Não temos mais como fugir ao aprendizado on-line.
A reportagem traz uma entrevista com o Ex-ministro da Educação, o senador Cristovam Buarque que afirma "O Professor do meu tempo vai desaparecer".
Vejam um trechinho interessasnte: "O menino que navegou à noite na internet chega na aula, de manhã, sabendo de coisas que o professor desconhece. O ator principal não é mais o professor. São o professor, o aluno e a mídia. Ele não é mais o dono do saber, nem da informação".
Leiam mais em:
IstoÉ 20 de junho/2007 nº 1964 Ano 30
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1964/artigo52914-1.htm

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Sorriso de Monalisa

Filme de Mike Newll, com Júlio Roberts no papel principal.
Sinopse
"Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida. "
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O Filme apresenta de uma maneira simples e real que fazer a diferença é possível. Que ao tentar ensinar, você aprende. E o aprendizado pode ser para toda a vida.
Nossa história se passa nos anos 50, num período em que a sociedade americana vive um momento de transição, porém guarda a força das tradições, do conservadorismo nas famílias e sociedade. Existe uma ilusão de modernidade para as mulheres da elite americana, que se resume em serem alunas brilhantes, inteligentes, eruditas, porém o casamento é o objetivo principal. E com ele vem a submissão aos maridos, na maioria machistas.
O filme aborda a perspectiva pegagógica do período, retratanto técnicas didáticas tradicionais mecanicas, com textos e conteúdos pré-elaborados e decorados pelas alunas, que não conseguiam ir além do que estava escrito. Mas não por incapacidade cognitiva. Talvez pela ausência de estímulo à visão crítica, à possibilidade de ir além das fronteiras do aluno receptor-passivo. Katherine, a professora de História da Arte, "subverteu" a ordem ao mostrar que é possível ser um observador diferente: da arte, de si mesmo, do mundo, da vida.
O olhar crítico enfim nasce e com ele a criatividade. Surge a aprendizagem que estrapola as fronteiras da escola para cada uma das alunas, a seu modo.
Uma frase foi marcante, dita à professora num momento em que era sua vez de ouvir: "A mudança leva tempo. Precisa alcançar você". Muitas vezes o que ensinamos é exatamente o que precisamos aprender!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Aprendizagem Continuada

Vivemos a era do "homem não-manual", onde o que é valorizado não é mais a "força" da "mão-de-obra", mas o CONHECIMENTO. Exige-se muito mais uma postura voltada ao aprendizado e à aprendizagem contínua. No artigo "Criando oportunidades de aprendizagem continuada ao longo da vida", José Armando Valente, do Departamento de Multimeios e Nied, da Unicamp & Ced, PucSP, vai mais longe quando nos leva a reflexão de que aprendemos desde os primeiros momentos de nossa vida. Como "Caçadores-ativos", onde a busca pelo conhecimento é natural, impulsinada pelo instinto da curiosidade, liberdade, lúdico e avidez pelo novo. Mas também passamos pela fase do "receptor-passivo", durante a educação escolar. Momento em que o caçador por informações é oprimido, direcionado e a interação com o mundo se restringe. No entanto, as pessoas aprendem a adotar predisposições que variam entre um e outro. E a aprendizagem continuada ao longo da vida se afirma pelo desejo de aprender. Quando há a confluência de três fatores: 1. Predisposição à aprendizagem; 2. Informação organizada; 3. Auxílio de pessoas como agentes da aprendizagem. Preparar um cidadão para a "sociedade do conhecimento" implica na consciência de que a educação pode contribuir para os processos de mudanças em todos as organizações sociais, trabalho, família, comunidade. Num mundo de informações saltando aos olhos, aos ouvidos e em todos os sentidos humanos, os processos de aprendizagem passam pela geração de oportunidades de acesso à essas informações. E a escola precisa se preparar para essa nova mentalidade. Pois seu papel ainda é fundamental nesse cenário.